SMS-SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - PREVENÇÃO A AIDS NÃO ESTÁ SOB CONTROLE
A aids não está sob controle e as evidências são muitas. Entre 2005 e 2010 houve um aumento de 10% no número de mortes por aids e de 12% no número de novos casos. Por outro lado, as pessoas soropositivas que estão em tratamento sofrem um processo inflamatório que, com o passar do tempo, prejudica diversos órgãos e tecidos do corpo, causando problemas como infarto, derrame, osteoporose, demência e câncer. “Há uma série de problemas típicos do processo natural de envelhecimento celular que são mais comuns e tendem a aparecer mais cedo numa parcela significativa das pessoas infectadas pelo HIV,” explica o infectologista e pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Ricardo Sobhie Diaz.
Esses fatos, entre outros, exigem uma resposta à altura. “Se no passado declarar que éramos o melhor programa de aids do mundo legitimou as decisões ousadas que outrora caracterizaram o programa brasileiro e que tantos benefícios trouxeram à população, o que temos hoje é, pelo contrário, um programa desatualizado, cujos elementos são insuficientes para enfrentar a configuração nacional da epidemia”, sustenta o manifesto Aids no Brasil hoje – o que nos tira o sono, com quase 400 assinaturas, incluindo instituições, profissionais de saúde, pesquisadores e ativistas.